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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Minha cidade semi-natal, eternamente comigo!! ^^

quarta-feira, 16 de julho de 2008

M.M.


À Helô
Nova, primeira,
amiga de todas as horas.


Sinto que carrego o mundo nas costas. Eu concordo, é pretensão minha acreditar que uma esfera de dimensões tão grandiosas gira em torno do meu mísero umbigo, e que estas dores que venho sentindo são apenas minhas. É confortante saber que compartilho o peso desta cruz com o restante de toda a humanidade. Este efêmero conforto que sinto se esvai quando, mais uma vez, eu caio. Às vezes não agüento todas estas toneladas de sentimentos empacotados, sem nenhum manual de instrução.
Quando ele atravessou a porta da sala vestido de negro, com os ombros ligeiramente arqueados e a cabeça inclinada em direção ao chão, denotando certa insegurança (proveniente, talvez, de sua pouca experiência como professor), eu soube que em seus olhos profundamente castanhos, como todas as tardes chuvosas que antecederam ao nosso encontro naquela noite, escondia-se um universo inteiro num cofre lacrado a cadeado (como que guardando um tesouro de valor inestimável) por alguém que, querendo meio sem querer, cala as vozes de sua melhor canção.
Num primeiro momento, não simpatizei com sua postura, muito menos com suas palavras. Diante de mim havia um homem de um profissionalismo tão exacerbado que beirava a superficialidade, como se um abismo muito profundo separasse duas dimensões indivisas: o conhecedor, e os que buscam seus conhecimentos.
Há apenas uma coisa da qual eu gosto menos do que todas estas relações cotidianas completamente impessoais e mecânicas: meu próprio desinteresse. Seu método, sua disciplina não me despertavam nenhuma vontade de superação.
Porém o tempo transforma as coisas, as pessoas, os sentimentos, num movimento de leva e traz, traz e leva, volta tudo mudado. O tempo não tem medidas, ele está em nós e é todo-poderoso, capaz de qualquer coisa.
Hoje é com o outros olhos que encaro o homem parado frente ao comprido quadro branco esperando (como nós) para ser preenchido.
As cegueiras de meus pré-conceitos me impediram de ver além das aparências, deixei-me levar por uma expressão intocável que impossibilitava ver o humano por trás daquele corpo coberto de negro.
Não sei mais o que sei, porque sei mais do que poderia saber, saturou. E agora entendo porque eu não poderia ver o que havia por trás de olhar tão profundo de tarde chuvosa. Mistério. Eu sempre tive certa fascinação pelo desconhecido.
E agora me pego temendo um temor gostoso que provoca uma dor lá no fundo, dizem que é uma doença. O que me conforta é que esta cruz eu divido com o restante da humanidade inteira.
Agora é noite, mas posso ouvir o vento de fim de tarde batendo nas pedras e ecoando em meus ouvidos, preenchidos da música do meu compositor favorito, vem lembrar–me de uma promessa que fiz há uns três anos atrás, o nome do meu primogênito será Renato.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Certa vez uma querida amiga me mandou uma mensagem no celular, um pouco antes de começar a aula, com a seguinte frase:

"Já te ocorreu que você pode estar apaixonada por um Renato que talvez nem seja o Renato de agora?"

A primeira vista dei risada e não dei crédito ao que ela falou. Mas hoje, as 3:40 da madrugada, começo a pensar naquela frase... só que agora ela me faz todo sentido.
Como se apaixonar por alguém que você não conhece? E eu teoricamente o conhecia, por meio do que ele escrevia, em 2004, 2005, 2006 e numa parte de 2007... escreve muito bem! Mas, assim como eu, todos mudam. Eu não sou a mesma de ontem, e muito menos a de anos atrás. Ou seja, o Renato que eu vejo hoje, não é o mesmo que escrevia aquelas coisas... não é por esse Renato de 2008 que eu estou apaixonada, e sim pelo Renato daqueles textos.
*[...]hoje, alguns anos atrás...*
E se a minha paixão for pelo que ele escreve, e não por ele?
Seria mais fácil de lidar? Me saciaria somente com uma leitura de seus belos textos...

Seus textos me acalmam, seus textos me ensinam, e ele(s) me completa(m)...

Sonho com você, hoje, alguns anos atrás.... ^^