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domingo, 28 de setembro de 2008


Olá, sou um carrinho! Quando nasci me deram uma caixinha de ferramentas, mas não me falaram como usar, nem me disseram para o que servia cada coisa; não me falaram que eu tinha opções...
Então a guardei num local onde não tenho muito acesso.
Era um carrinho muito feliz, brincava sempre com meus amigos, ia à escola e adorava passear por aí. Nós, carros, não crescemos de tamanho, mas podemos aumentar nossa potencialidade de acordo com os caminhos que fazemos na estrada da vida. E cada vez eu estou mais potente!
Mas às vezes me sinto um carrinho tão pequeno e fraco perto dos outros carros.
Sem perceber eu devo ter caído e me machuquei, só não sei como.
Uma peça minha precisa ser consertada. Preciso tirar à porca. Mas como eu faço isso? Tá doendo!
Meio que sem saber da onde, achei uma ferramenta.
- Uma chave de fenda! Vou tentar tirar à porca.
Mas ela não sai! Tá machucando...
Paro!

Volto a andar e a brincar novamente. Mas sinto que alguma coisa está errada. Por que dói tanto? Preciso tirar isso aqui, está doendo!
Pego novamente a minha ferramenta.
- Aiii, está machucando. Está saindo óleo...
Quando a dor ameniza um pouco paro para pensar:
- Que bobagem! A chave de fenda não desrosqueia a porca!

Guardo-a comigo.

Quando penso que estou melhor, consigo brincar com meus amiguinhos e passear por aí. Mas de uma hora para outra a dor volta, e volta muito forte. Chorando e desesperado eu procuro um jeito de tirar à porca. E pego, sem pensar, a chave de fenda. Forço muito pra porca sair, mas só me machuco mais. E dói... dói muito! Estou todo arranhado, o meu óleo está saindo. Estanco-o e adormeço.
Conversando com um carro mais experiente, conto o que aconteceu. Ele fica bravo por eu te me machucado assim, mesmo sabendo que a chave de fenda não tirava à porca. Eu choro.
Sabe, tem dias que a dor está menor e outros que ela está insuportável. Mas ela está aqui, sempre comigo. E quando ela está insuportável, eu recorro a minha única ferramenta: a minha chave de fenda. Numa tentativa inútil, tento tirar novamente a porca que tanto me incomoda. Só sai mais óleo e dói. Dói tanto! Quando retomo a consciência, eu sei que nunca vou conseguir tirá-la com essa ferramenta. Mas na hora fazia tanto sentido...
Converso novamente com o carro mais experiente. E hoje ele me disse uma coisa interessante. Ele me contou que todos nós ganhamos uma caixa de ferramentas quando nascemos e ela tem todo tipo de ferramenta, uma para cada coisa, e que eu só preciso pegá-la e abrir. Pode até ser que eu pegue uma errada, uma ferramenta que não vá tirar à porca e que me machuque mais. Mas eu preciso continuar tentando. (Eu não me lembrava desta caixa, por quê?)
Tem um problema! Eu não sei onde está a minha caixa e não sei como abri-la. E enquanto eu não acho, a porca continua a me machucar. Uso, então, a minha única ferramenta.

sábado, 13 de setembro de 2008

Vento no litoral
de tarde quero descansar,
chegar até a praia e ver

se o vento ainda está forte
e vai ser bom subir nas pedras
sei que faço isso pra esquecer
eu deixo a onda me acertar

e o vento vai levando tudo embora...
***
agora está tão longe

vê, a linha do horizonte me distrai
dos nossos planos é que tenho mais saudade,
quando olhávamos juntos na mesma direção
aonde está você agora
além de aqui dentro de mim?


agimos certo sem querer
foi só o tempo que errou
vai ser difícil sem você
porque você está comigo o tempo todo
e quando eu vejo o mar,
existe algo que diz,
que a vida continua
e se entregar é uma bobagem
já que você não está aqui,
o que posso fazer é cuidar de mim
quero ser feliz ao menos
lembra que o plano era ficarmos bem?
***

- ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos
sei que faço isso pra esquecer
eu deixo a onda me acertar
e o vento vai levando tudo embora

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

mente;
eu preciso que ela funcione
e se isso acontecer...

lágrima;

eu preciso que ela caia...
e que leve com ela esta angústia
que me toma por inteira

olhos;
eu preciso que ele feche
e quando isso acontecer
que me leve por inteira

coração;
eu preciso que ele bata(não só por bater)
eu preciso que ele traga
a minha vontade de viver

Não é uma poesia, nem uma tentativa, é só um meio de jogar no mundo, o que não cabe mais aqui. Um pedido, S.O.S., sem forças...

Mente;
que me leve
e quando isso acontecer...
Olhos;
que estejam bem fechados...
Lágrimas;
não precisam mais escorrer...
Coração;
pronto, não precisa mais bater...